domingo, 10 de setembro de 2017

Zodíaco Cigano






O horóscopo ocidental se baseia no calendário solar, o oriental se baseia no calendário lunar.



Assim como no zodíaco ocidental, oriental; a "astrologia cigana tem 12 signos."






21/03 a 20/04 – PUNHAL

Está relacionado ao signo de Áries (21/03 a 20/04). O Punhal é a imagem da luta e vontade de vencer. Representa honra, vitória e êxitos. Os ciganos também usavam o punhal para abrir matas, sendo então, símbolo de superação e pioneirismo. A pessoa sob esta influência é uma pessoa irrequieta, firme e dona de si mesma. Ousada, tem uma personalidade forte e odeia ser subestimada. Quando isso ocorre, torna-se agressiva. Ama demais, é fiel e adora sexo. Não é econômica, mas sabe controlar o dinheiro. Sai-se bem em desportos, artes marciais e cargos de chefia e liderança.

 


21/04 a 20/05 – COROA
Está relacionada ao signo de Touro (21/04 a 20/05). Simboliza a honra, a magnificência, a elevação, a distinção, a vitória, o mérito e em alguns casos, a união com Deus. Alguém que porta uma coroa está de alguma maneira acima de outras pessoas. Relaciona-se ao ouro e a nobreza. É símbolo de amor puro, força, poder e elegância, o que torna a pessoa desse elemento valorizada e importante. A pessoa sob esta influência luta pelo que quer, pois a estabilidade financeira lhe é fundamental. Nasceu para administrar e querer ser dona do seu próprio trabalho. É fiel no amor, sensível e não suporta que brinquem com os seus sentimentos. Gosta das artes e tem grande criatividade para trabalhar nesse setor.
 
21/05 a 20/06 – CANDEIAS
Está relacionada ao signo de gêmeos (21/05 a 20/06). Representa as luzes e a verdade, portanto a sabedoria e a clareza de ideias. As candeias eram usadas para iluminar os acampamentos. Também simbolizam a esperteza e a vivacidade. A pessoa sob esta influência é comunicativa e tem uma inteligência brilhante fazendo muitos amigos. Adora estudar e pesquisar, principalmente o que se relaciona com ela mesma. É romântica e nunca desiste de uma conquista, mesmo que não se envolva por completo. Quando quer algo, consegue.
 

21/06 a 21/07 – RODA
Está relacionada ao signo de Câncer (21/06 a 21/07).
Sua forma circular associa-se à ideia de perfeição e a representação do Sol. Quando está em movimento, indica a renovação constante dos ciclos cósmicos. Por representar o ir e vir e estar relacionada à Lua, pela sua forma arredondada, as pessoas regidas por este signo tem uma forte ligação com as mulheres e gestantes em geral. A emoção é a palavra que traduz a sua maneira de ser. A Roda move a sua vida na alegria e na tristeza. É dócil tranquila, mas, quando se irrita, “sai de baixo!” É um pouco insegura e tem uma certa tendência à nostalgia. Ama com intensidade e sente muito ciúme.

 

22/07 a 22/08 – ESTRELA

Está relacionada ao sino de Leão (22/07 a 22/08). A estrela cigana possui seis pontas, formando dois triângulos iguais, que indicam a igualdade entre o que está acima e o que está abaixo. Representa sucesso e evolução interior. A pessoa que nasce sob esta influência é otimista e “alto astral”, nasceu para brilhar. Vive a vida intensamente e tem um talento especial para atrair as pessoas. Vive rodeada de amigos, mas tem a mania de querer que tudo seja como deseja. Conseguirá ótimas oportunidades como atriz, dançarina, modelo, cantora, etc. 
 
 
23/08 a 22/09 – SINO

Está relacionado ao signo de Virgem (23/08 a 22/09). Exatidão e perfeição. Nos séculos passados, era usado como relógio, e os ciganos o associaram à pontualidade, à disciplina e à firmeza. A pessoa sob esta influência é bastante organizada, ambiciosa, que supera sempre suas próprias expectativas. Acha que a vida é para ser aproveitada nos mínimos detalhes, porém, com consciência e sem exageros. Muito inteligente, analisa e critica tudo o que está ao seu redor. Se sai bem trabalhando com administração.

 
23/09 a 22/10 – MOEDA
Está relacionado ao signo de Libra (23/09 a 22/10). A moeda é associada ao equilíbrio e à justiça e relacionada à riqueza material e espiritual, que é representada pela cara e coroa. Para os ciganos, cara é o ouro físico e coroa, o espiritual. A pessoa sob esta influência é sensível, charmosa, vive de amores e sentimentos. Tem que estar apaixonada sempre. As atenções se voltam para ela facilmente. Tem talentos artísticos e decorativos. Adora ajudar as pessoas e vive para isso. Razão pela qual está sempre cercada de amigos e companheiros.
 

23/10 a 21/11 – ADAGA
Está relacionada ao signo de Escorpião (23/10 a 21/11). A adaga é entregue ao cigano quando ele sai da adolescência e ingressa na vida adulta. Por isso, é associada também à morte, ou seja, às mudanças necessárias que a vida nos oferece para crescermos. A pessoa sob esta influência tem um temperamento forte e enigmático, torna-se irresistível e respeitada. Possui uma mente analítica, percebendo tudo o que está ao seu redor. Procura sempre aprofundar-se no que está à sua volta, seja no amor ou no trabalho. Ama de maneira sensual e arrebatadora.  

 
22/11 a 21/12 – MACHADO 
Está relacionado ao signo de Sagitário (22/11 a 21/12). Simboliza a guerra e a destruição, mas também a dignidade, o trabalho honesto e a realização. Para os maçons, representa a revelação dos mistérios ocultos. O machado é o destruidor de bloqueios e barreiras. Ele também simboliza a liberdade, pois rompe com todos os obstáculos que a natureza impõe. A pessoa sob esta influência tem a liberdade como preferida. Aventureira, jamais permanece parada num só lugar. É como o vento, que tudo toca, em tudo está, mas em nada fica. Otimista, até as dores para si são sinais de alegria. Apaixona-se e desapaixona-se facilmente. Dá-se bem com trabalhos sem rotinas em que possa aprender sempre.
 

22/12 a 20/01 – FERRADURA
Está relacionada com o signo de Capricórnio (22/12 a 20/01). A ferradura representa o esforço e o trabalho. Os ciganos têm a ferradura como um poderoso talismã, que atrai a boa sorte e a fortuna, e afasta o azar. A pessoa sob esta influência tem bom senso, às vezes até se torna séria demais. Tem, então, de se soltar um pouco mais. Raramente, confia em alguém. Procura amores estáveis e concretos. Pretende casar e ter filhos. É completamente familiar, ama os poucos amigos que tem e dedica-se profissão.

  

21/01 a 19/02 – TAÇA
Está relacionada ao signo de Aquário (21/01 a 19/02). É união e receptividade, pois qualquer líquido cabe nela e adquire a sua forma. Tanto que, no casamento cigano, os noivos tomam vinho numa única taça que representa valor e comunhão. A pessoa sob esta influência sente uma grande preocupação com os assuntos à sua volta. Inteligente, humana, inquieta, tem vários amigos sinceros. Original, está sempre a inovar. Vive em busca da felicidade. No amor, aprecia a sinceridade e a fidelidade.

   

20/02 a 20/03 – CAPELA
Está relacionado ao signo de Peixes (20/02 a 20/03). Representa o grande Deus. É sinal de religiosidade e fé. É o local onde todos entram em contato com o seu Deus interior e onde desperta a força e o amor. A pessoa sob esta influência é emotiva, sensível, leal, justa, espiritualizada e sonhadora. É o próprio amor encarnado. Tem muita força espiritual e dons para clarividência. Ama cegamente e, às vezes, desilude-se. É romântica e carinhosa. Quanto ao trabalho, gosta de tudo o que se relaciona com ajudar o próximo.
 
 
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quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Escravidão, Religião e Sincretismo

 

No início do século XV, período da coloniza-ção  brasi- leira, mais de quatro milhões de negros africanos cruzaram o Atlântico para tornarem-se escravos na colônia portuguesa. Oriundos de diferentes regiões da África, entravam no país, através de navios negreiros, principalmente pelos portos do Rio de Janeiro, de Salvador, do Recife e de São Luís do Maranhão, trazendo na bagagem a cultura africana. 
 
 
  
Para evitar que houvesse rebeliões, os senhores brancos agrupavam os escravos em senzalas, sempre evitando juntar os originários de mesma nação. Por esse motivo, houve uma mistura de povos e costumes, que foram concentrados de forma diferente nos diversos estados do país.

Os escravos possuíam suas próprias danças, cantos, santos e festas religiosas. Aos poucos, eles foram misturando os ritos católicos presentes com os elementos dos cultos africanos, na tentativa de resgatar a atmosfera mística da pátria distante. 

 

O contato direto com a natureza fazia com que atribuíssem todos os tipos de poder a ela e que ligassem seus deuses aos elementos nela presentes . Diversas divindades africanas foram tomando força na terra dos brasileiros.
 
O fetiche, marca registrada de muitos cultos praticados na época, associado à luta dos negros pela libertação e sobrevivência, à formação dos quilombos e à toda a realidade da época acabaram impulsionando a formação de religiões muito praticadas atualmente; o Candomblé e a Umbanda.


Candomblé

É a religião que mais conservou as fontes do panteão africano, servindo como base para o assentamento das divindades que regeriam os aspectos religiosos da Umbanda. É conhecido e praticado, não só no Brasil, como também em outras partes da América Latina onde ocorreu a escravidão negra; a Santería cubana é famosa. Em seu culto, para cada Orixá há um toque, um tipo de canto, um ritmo, uma dança, um modo de oferenda, uma forma de incorporação, um local próprio e uma saudação diferente. As reuniões são realizadas em barracões rústicos e erguidos de acordo com certos preceitos: o feitio do barracão é retangular, com telhado coberto de palmas e ao seu redor são construídas casinholas para assentos dos santos.
 
Os deuses do Candomblé têm origem nos ancestrais africanos divinizados há mais de 5000 anos. Muitos acreditam que esses deuses eram capazes de manipular as forças naturais, por isso, cada orixá tem sua personalidade relacionada a um elemento da natureza.
   

As cerimônias são realizadas com cânticos, em geral, em língua nagô ou yorubá. Os cânticos em português são em menor número e refletem o linguajar do povo. Há sacrifícios de animais (galo, bode, pomba) ao som de cânticos e danças. A percussão dos atabaques constitui a base da música. O despacho exige azeite de dendê, farofa, cachaça e outras oferendas, variando conforme a necessidade.
 


Os filhos de santo são os sacerdotes dos orixás e nem todos são preparados para receber os santos. Existem os que sacrificam animais, os que cuidam dos guias quando os espíritos baixam e ainda os que tocam o atabaque e os que preparam a comida a ser oferecida.
 


A iniciação se dá através da indicação do orixá, que atribui diferentes rituais que devem ser cumpridos de acordo com as seguintes restrições: abstinência sexual, vestimenta branca, uso de cordão no pescoço, comer com as mãos e sentar só no chão.
 

No Brasil, existem diferentes tipos de Candomblé, o keto, na Bahia; o Xangô, em Pernambuco; o Batuque, no Rio Grande do Sul e o Angola, em São Paulo e Rio de Janeiro. Eles se diferenciam pela maneira de tocar os atabaques, pela língua do culto, e pelo nome dos orixás. A zona de maior propagação dessa religião encontra-se nos arredores de Salvador, Bahia.

 
 
Umbanda

Uma das religiões mais praticadas no Brasil, com maior propagação na Bahia e no Rio de Janeiro, a Umbanda brasileira começou a ser formada por volta de 1530, com a mistura de concepções religiosas trazidas pelos negros da África, na época da escravidão. O primeiro terreiro foi fundado em 1908 através de Zélio Fernandino de Moraes. Na época com 17 anos, Zélio, que fazia parte de uma família tradicional de Niterói, RJ, incorporava o chamado Caboclo das Sete Encruzilhadas e foi o responsável pela formação de sete tendas que acabaram difundindo a Umbanda. Todas as tendas funcionavam sob o lema: "manifestação do espírito para a caridade" e usavam rituais simples com cânticos baixos e harmoniosos.
  
A Umbanda incorpora os adeptos dos deuses africanos como caboclos, pretos velhos, crianças, boiadeiros, marinheiros, eguns, exus e outras entidades desencarnadas na Terra, sincretizando geralmente as religiões católica e espírita.

O chefe da casa é conhecido como Pai de Santo e seus filiados são os filhos ou filhas de santo. O Pai de Santo principia a cerimônia com o encruzamento e a defumação dos presentes e do local. Seguem-se os pontos, cânticos sagrados para formar a corrente e fazer baixar o santo.
 
Muitos são os orixás invocados na cerimônia de Umbanda, entre eles Ogun, Oxóssi, Iemanjá, Exu, entre outros. Também invocam-se pretos velhos, índios, caboclos, ciganos...
 

A Umbanda absorveu das religiões africanas o culto aos Orixás e o adaptou à nossa sociedade pluralista, aberta e moderna, pois só assim um culto ancestral poderia renovar-se no meio humano, sem que a identidade básica dos seus deuses fosse perdida.
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segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Mau Olhado, Olho Gordo e Inveja.

 



Somos pura energia abrigada em um templo sensível; o nosso corpo. O mau olhado, o olho gordo e inveja podem nos afetar assim como as plantas e os animais.

“Os olhos são a expressão da alma” já diziam os antigos. Os olhos são órgãos sagrados,
capazes de potencializar energias e intensificar o poder dos pensamentos e a vibração do espírito.
 
 
 Os olhos emitem assim energias positivas que curam quando as pessoas têm uma mediunidade desenvolvida e energias negativas como o olho gordo e inveja para aqueles de espírito vulgar, que querem ver definhar o que está florescendo.

O “olho gordo” é a canalização, através dos olhos de alguém muito sensível capaz de emitir energias destrutivas, através de uma energia interna gerada pelo desejo de possuir o que é dos outros, pela inveja.
 
 
Como funciona o olho gordo e inveja?

Não há como não associar a inveja ao mau olhado e ao olho gordo, pois são suas irmãs, sua consequência imediata.
Quando uma pessoa sente que não pode ter algo, seja alcançar um grau espiritual, uma certa riqueza material, a felicidade no amor que só o outro tem, a inveja começa a corroer a sua alma.


O espírito do invejoso lança olhares de maldade, pelo olho que tudo vê, pela terceira visão (mau olhado) e começa a desejar que aquilo que está vendo definhe (olho gordo), tudo movido pelo mesmo veneno chamado inveja.

Para os leigos pode consumir muita energia e esforço para se livrar desses fenômenos que minam nossa energia e nos fazem sentir cansados depois de uma longa noite de sono.


Pode fazer aparecer repentinamente um peso nos ombros como se estivéssemos carregando o mundo as nossas costas. Bocejos intermináveis surgem do nada. Então por causa do mau olhado e olho gordo até acidentes com muitas perdas, ruína financeira ou a separação sem explicação de um amor que era um mar de rosas e transforma-se em uma tempestade feroz pelo olho gordo de alguém.

Texto: Raízes Espirituais


As forças da inveja.
 
Agem como forças vampíricas, sugando as energias vitais da vítima; minando o corpo físico e espiritual, chegando ao esgotamento mental. Costumam agir sem serem percebidas, causando embaraço... A inveja é a primeira porta a ser aberta, derivando os outros males. Geralmente ela não vem sozinha, esta acompanhada do mal olhado, olho gordo; da cobiça, mentira, falsidade, praga soprada; de sortilégios, urucubaca...

Portanto, não existe “inveja boa” como dizem alguns por aí:



- Fulano... amigo (a).  “Eu tenho inveja boa de você.”    











A inveja força negativa destruidora, também causa obsessão, aonde o obsidiado chega há um momento que deixa de ser ele mesmo para ser o obsessor; trocando assim de lugar com a vítima que torna-se hospedeira. “Quem é morto fica vivo, quem é vivo torna-se morto”, possuído.

O possessor para deixar de sentir o corpo astral frio e voltar ter o corpo carnal quente e gozar os prazeres
mundanos, corromper, cometer atrocidades, malefícios...
















"Onde há inveja, nada próspera."




Por causa da inveja:

 
Os anjos descaíram.

No Paraíso a criação de Deus corrompida.

Cain matou Abel, o seu próprio sangue.

Jesus Cristo traído, humilhado, padeceu na cruz.
 
A humanidade condenada à expiação terrestre.

Texto: C.L.




segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Ciência e Religião



Einstein disse:

"NÃO É POSSÍVEL CIÊNCIA SEM RELIGIÃO", veja porque...
 
Eu concordo, não porque foi considerado o gênio do século, mas que várias situações levam a isso, quer sejam, a constatação que a experiência, os testemunhos e resultados apurados através de pessoas que alteram seu comportamento, a nível de melhoria na saúde, disposição, energia, sistema nervoso, otimismo, caminhos e objetivos materiais, enfim em várias áreas, quando recorrem à situações que as religiões propiciam, quer seja por alguma conduta ritual, um ato de fé, um procedimento de oração,  meditação, conscientização, pedido de perdão, amor verdadeiro, arrependimento... 


O inverso também é verdadeiro, a pessoa atingida por uma carga/energia negativa, inveja, sentimento negativo, magia, egun (espírito desencarnado com problemas quando em vida), ambiental... Tem o procedimento inverso, queda ou não melhoria da saúde, na vida pessoal, no trabalho, energia, sistema nervoso alterado com angústias e depressões... Quase que tudo ao mesmo tempo, parece que o mundo desaba sobre a cabeça e a vida desta pessoa.

Percebe-se que estas energias não transitam num sistema conhecido de tempo e espaço, mas por planos "paralelos", como? Ora, uma magia com forte energia negativa (magia para o mal, inveja...) ou positiva (magia para o bem, oração, ato de fé...) é emitida em um local, e o efeito é sentido em outro local, às vezes muito ou pouco distantes, isto não influi, em tempo diferentes e incertos, quer sejam para o mal ou para o bem (curas...) prova que para estes tipos de energias não existe este nosso conceito de tempo e espaço.



                           
A filosofia da China antiga é que o corpo humano tem o poder de se auto curar, desde que haja equilíbrio harmônico de todos os órgãos internos, além da situação de fé e equilíbrio espiritual.
O Egito antigo por outro lado tem em sua filosofia a utilização de energias para seu benefício, das pirâmides, de diversos elementos símbolos, e sua fé e crença no esotérico, no espiritual...





No Candomblé existe o axé, energia pura, elemento central para soluções, espirituais ou materiais.

Penso cada vez mais que quando executamos um procedimento ritualístico, que através dos elementos portadores de axé, geram uma energia, e o corpo humano, através de um processo interno, faz ou deixa de fazer, a produção de elementos/produtos necessários a auto cura ou mesmo manutenção de estabilidade, exemplos:

Serotonina, adrenalina e outros tantos que desconheço por não ser minha área e estes elementos produzidos a mais ou deixados de produzir, que levarão o indivíduo ao malefício ou benefício físico que proporciona a doença ou a cura, a medicina inteligentemente chama de doenças com origem psicossomáticas, não deixa de ser por ter origem em nosso cérebro (em seu todo, glândulas, etc.) grande emissor destes elementos que equilibram ou desequilibram nossa saúde física e mental.

Conclusão:
Energia é ciência, fé é religião, religião gera energia que gera cura e melhorias, que por sua vez é ciência.

Einstein já dizia que não é possível a ciência sem a religião, uma crença e vice versa, a religião sem a ciência/medicina. Ciência e religião são natureza.

Os orixás são natureza pura. Em algum instante, percebemos isto, quando uma criança cai febril, só rezar poderá não resolver, um simples analgésico pode lhe salvar da morte, isto mostra que a religião precisa da ciência e vice-versa, quando lhe é administrado um remédio e o mesmo não cumpre sua função, observamos que quando acompanhado de um procedimento ritualístico ou ato de fé, a cura se processa, a interação da religião com a ciência.

PS: Esta situação exposta é um pensamento e postura totalmente pessoal.

Texto: Fernando Oli. Perna.



quinta-feira, 17 de agosto de 2017

A Lenda da Riqueza de Obará



Eram dezesseis irmãos, Okaram, Megioko, Etaogunda, Yorossum, Oxé, Odí, Edjioenile, Ossá, Ofum, Owarin, Edjilaxebora, Ogilaban, Iká, Obetagunda, Alafia e Obará. Entre todos Obará era o mais pobre, vivendo em uma casinha de palha no meio da floresta, com sua vida humilde e simples.
Um dia os irmãos foram fazer a visita anual ao babalaô para fazer suas consultas, e prontamente o babalaô perguntou:

- Onde está o irmão mais pobre?

Os outros irmãos disseram-lhe que havia se adoentado e não poderia comparecer, mas na verdade eles tinham vergonha do irmão pobre. Como era de costume o babalaô presenteou a cada irmão com uma lembrança, simples, mas de coração e após a consulta foram todos a caminho de casa. Enquanto caminhavam, maldiziam o presente dado pelo babalaô. Morangas? Isso é presente que se dê? Abóboras?
A noite se aproximava e a casa de Obará estava perto, resolveram então passar a noite lá. Chegando a casa do irmão, todos entraram e foram muito bem recebidos, Obará pediu a esposa que preparasse comida e bebida a todos e acabaram com tudo o que havia para comer na casa. O dia raiando os irmãos foram embora sem agradecer, mas antes lhe deixaram as abóboras como presente, pois se negavam a come-las.

Na hora do almoço, a esposa de Obará lhe disse que não havia mais nada o que comer, apenas as abóboras que não estavam boas, mas Obará pediu-lhe que as fizesse assim mesmo.


Quando abriram as abóboras, dentro delas haviam várias riquezas em ouro e pedras preciosas e Obará prosperou.

Tempos depois, os irmãos de Obará passavam por tempos de miséria e foram ao Babalaô para tentar resolver a situação, ao chegar lá escutaram a multidão saldando um príncipe em seu cavalo branco e muitos servos em sua comitiva entrando na cidade, quando olharam para o príncipe perceberam que era seu irmão Obará e perguntaram ao Babalaô como poderia ser possível e ele respondeu:
- Lembram-se das abóboras que vos dei, dentro haviam riquezas em pedras e ouro; mas a vaidade e orgulho não vos deixaram ver e hoje quem era o mais pobre tornou-se o mais rico.
Foram então os irmãos ao palácio de Obará para tentar recuperar as abóboras e lá chegando, disseram a Obará que lhes devolvessem as Abóboras e Obará assim o fez, mas antes esvaziou todas e disse:

- Eis aqui meus irmãos, as abóboras que me deram para comer, agora são vocês que as comerão.

E quando o babalaô em visita ao palácio de Obará, lhe disse:

- "Enquanto não revelares o que tens, tu sempre terás."

E foi assim que se explica o motivo que quem carrega este Odú não pode revelar o que tem pois corre o risco de perder tudo, como os irmãos de Obará.




Texto: Autor desconhecido.