Ogún data de tempos proto-históricos, é pré-histórico, violento e pioneiro; suas armas são primeiras de pedra, depois o ferro. Sua primogenitura converte-o em quase irmão gêmeo de Exú.
Deus da guerra, imagem arquetípica do soldado, Ogún é também o deus do ferro, da metalurgia. Do ferreiro ao cirurgião, todos os que utilizam instrumentos de ferro (e o aço por conseqüência) em seu trabalho:
Agricultores, caçadores, açougueiro, barbeiros, marceneiros, carpinteiros, escultores e outros que juntaram-se ao grupo desde o início do século, mecânicos e motoristas; rendem homenagem à Ogún. Nesse sentido ele é o arquétipo da conquista da civilização humana, consolidada na idade do ferro. Orixá de personalidade violenta, obstinada, constante, viril, disciplinada, quando não rígida.
Na sua estreita relação, com a natureza humana, na qual é o regente dos "caminhos" no seu sentido de trabalho, oportunidades profissionais, e ao mesmo tempo "guardião" da casa.
Sua cor é o azul escuro, é o primeiro a ser saudado depois que Exú é "despachado" (ritual que antecede os Xirés - ocasião festiva, que as casas de candomblé, cantam para todos os orixás - que este tipo de exú, na sua forma negativa de maldoso, funcionando também como uma espécie de guardião do ritual, contra outros tipos de espíritos "não iluminados", não perturbe e não deixe, perturbarem o culto). É sempre Ogún que desfila na frente, "abrindo caminho" para os outros orixás (mais uma vez, a indicação da sua função de abrir caminhos), quando eles entram no Ilê nos dias de festa, manifestados e vestidos com suas roupas simbólicas.
Texto: Autor Fernando Oli. Perna.
Orixá da guerra, das batalhas, dos metais, da agricultura, dos caminhos e da tecnologia.
Depois de Exú é o Ogum que está mais próximo dos homens.
Orixá do fogo e do ferro em que são forjados os instrumentos como espada, a faca, a foice, a enxada, a ferradura, a lança, o martelo, a bigorna, a pá, etc.
Ogum é o dono das estradas de ferro e dos caminhos. Protege também as portas de entrada das casas e templos.
Ogum é protetor dos militares, soldados, ferreiros, trabalhadores e agricultores.
Fundamentos:
Senhor deus da guerra, dono do trabalho porque possui todas as ferramentas como seus símbolos. Dono do ferro e do aço. É dono do obé (faca) e por isso vem logo após o Bará, pois sem as facas que lhe pertencem não seriam possíveis os sacrifícios.
Os filhos de Ogum possuem um temperamento um tanto violento, são impulsivos, briguentos e custam a perdoar as ofensas dos outros. Não são muitos exigentes na comida, no vestir, nem tampouco na moradia, com raras exceções. São amigos, camaradas, porém estão sempre envolvidos em demandas; divertidos, despertam interesses nas mulheres, mas não se fixam muito a uma só pessoa até realmente encontrarem seu grande amor.
Os filhos de Ogum são pessoas dinâmicas, honestas, responsáveis, procurando sempre fazer o melhor naquilo que lhe é confiado. Pessoas de gênio forte beirando as raias da violência.
Se envolvem facilmente em brigas e demandas, quando são contrariados.
Têm uma forte influência do "Odu Etaogunda".
Neste caminho de Odu (destino), é que nasceram a faca e todos os objetos de ferro. Por isso, Ogum está muito ligado a Etaogunda. Os filhos deste Odu, ou pessoas que estão sob a sua influência, devem agir sempre em conformidade com a justiça. Caso contrário terão dentro de si mesmo o seu maior inimigo. Este é o Odu da justiça."É o grande desafio do comportamento". Não tolera mentira, sendo implacável nestes casos...
É responsável pelas demandas jurídicas, juntamente com Xangô, pois para Ogum a justiça e a retidão são muito importantes. Ele não atua como o juiz que julga o certo e o errado, mas faz prevalecer o que é considerado certo.
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