terça-feira, 24 de outubro de 2017

Alma Cigana




 
DOZE MANDAMENTOS CIGANOS
 

1º Amar a Deus acima de tudo e respeitar todos os Santos;

2º Respeitar a Semana Santa;

3º Respeitar todas as Religiões e credos que elevam o nome de Deus – Nosso Pai;

4º Ajudar-se mutuamente;

5º Amar e não desmerecer nenhuma criança;

6º Respeitar os idosos e não desprezar a sua sabedoria;

7º Não mostrar o corpo;

8º Não se prostituir;

9º Manter a fidelidade entre os casais;

10º Não se envergonhar de sua origem;

11º Não deixar de praticar o dom da adivinhação;

12º Não trair seu povo.
...
 

Os ciganos são na sua maioria, povos nômades que tiveram origem há quatro mil anos, na região do Punjab, ao noroeste da Índia, hoje o Paquistão. Chegaram ao Brasil em 1574, expulsos da Europa pelo Estado, em decisão que atendia à Igreja. Segundo relatos, nesse período, Portugal e Espanha cortavam as orelhas dos ciganos e os jogavam às galeras para serem deportados. Isso porque eram considerados um povo diabólico. No Brasil, existem dois grandes grupos:
Os Calons (ciganos de origem ibérica, principalmente espanhola) e os Rom (originários do leste europeu).
Texto: SEDH

 

ALMA CIGANA
 

Eu nunca fiz segredo

que a minha alma é cigana

perambula pelo mundo

dança, canta, não engana.

 

Meu coração… esse já é português

tem sotaque e nostalgia lusitanos

das margens do Tejo ficou freguês

e fados vive cantando.

 

Enquanto ele canta fados

a alma toca castanholas

mas ambos se abraçam contentes

numa moda de viola.

 

No bolero são renitentes

não desprezam seu encanto

mas sonham noites e dias

com a magia do tango.

 

Ah! eu jamais trocaria…

minha alma ou coração

são livres como águias no céu

trapaceiam como irmãos.

 

Já estiveram na Grécia

também em Jerusalém

mas a pátria deles e minha

é a pátria que ninguém tem.

 

Amamos nosso Brasil

nosso samba, o candomblé

praias de Santos ou Rio

quem é que não gosta e quer?!

 

Mas falando em governantes

é saga que ninguém merece

por isso deixo minh’alma

fazer o que lhe apetece.

 

Ela vê a sua sorte

se assim o desejar

mas não lhe fala de morte

pois segue essa linear.

 

A minha sorte eu não sei

ver, eu nunca consegui

mesmo sendo tão cigana

não sei nem se eu já morri.

 

Se o meu amor foi na frente

se ainda espera por mim

tudo que eu sei e que eu canto

é só do que aqui vivi.

 

E da minha liberdade

que a prezo mais que tudo

pois cigana de verdade

não se prende nesse mundo!

 

Quem me conhece já sabe

gosto de vermelho forte

nas minhas saias rodadas

que dos dois lados tem cortes.

 

Pra facilitar a dança

nos volteios deslumbrantes

que me tomam nos meus sonhos

nos braços do meu amante.

 

Tenho uma rosa no peito

bem lá dentro tatuada

esteve nos meus cabelos

em outras vidas passadas.

 

Assim vou sendo feliz

do meu jeito tão singular

que pouca gente me entende

mas não lhes deixo de amar!

Texto: Tere Penhabe
 
 

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