DOZE MANDAMENTOS CIGANOS
1º Amar a Deus acima de
tudo e respeitar todos os Santos;
2º Respeitar a Semana
Santa;
3º Respeitar todas as
Religiões e credos que elevam o nome de Deus – Nosso Pai;
4º Ajudar-se
mutuamente;
5º Amar e não desmerecer
nenhuma criança;
6º Respeitar os idosos
e não desprezar a sua sabedoria;
7º Não mostrar o corpo;
8º Não se prostituir;
9º Manter a fidelidade
entre os casais;
10º Não se envergonhar
de sua origem;
11º Não deixar de
praticar o dom da adivinhação;
12º Não trair seu povo.
...
Os ciganos são na sua
maioria, povos nômades que tiveram origem há quatro mil anos, na região do
Punjab, ao noroeste da Índia, hoje o Paquistão. Chegaram ao Brasil em 1574,
expulsos da Europa pelo Estado, em decisão que atendia à Igreja. Segundo
relatos, nesse período, Portugal e Espanha cortavam as orelhas dos ciganos e os
jogavam às galeras para serem deportados. Isso porque eram considerados um povo
diabólico. No Brasil, existem dois grandes grupos:
Os Calons (ciganos de origem
ibérica, principalmente espanhola) e os Rom (originários do leste europeu).
Texto: SEDHALMA CIGANA
Eu nunca fiz segredo
que a minha alma é
cigana
perambula pelo mundo
dança, canta, não
engana.
Meu coração… esse já é
português
tem sotaque e nostalgia
lusitanos
das margens do Tejo
ficou freguês
e fados vive cantando.
Enquanto ele canta
fados
a alma toca castanholas
mas ambos se abraçam
contentes
numa moda de viola.
No bolero são
renitentes
não desprezam seu
encanto
mas sonham noites e
dias
com a magia do tango.
Ah! eu jamais trocaria…
minha alma ou coração
são livres como águias
no céu
trapaceiam como irmãos.
Já estiveram na Grécia
também em Jerusalém
mas a pátria deles e
minha
é a pátria que ninguém
tem.
Amamos nosso Brasil
nosso samba, o
candomblé
praias de Santos ou Rio
quem é que não gosta e
quer?!
Mas falando em
governantes
é saga que ninguém
merece
por isso deixo
minh’alma
fazer o que lhe
apetece.
Ela vê a sua sorte
se assim o desejar
mas não lhe fala de
morte
pois segue essa linear.
A minha sorte eu não
sei
ver, eu nunca consegui
mesmo sendo tão cigana
não sei nem se eu já
morri.
Se o meu amor foi na
frente
se ainda espera por mim
tudo que eu sei e que
eu canto
é só do que aqui vivi.
E da minha liberdade
que a prezo mais que
tudo
pois cigana de verdade
não se prende nesse
mundo!
Quem me conhece já sabe
gosto de vermelho forte
nas minhas saias
rodadas
que dos dois lados tem
cortes.
Pra facilitar a dança
nos volteios
deslumbrantes
que me tomam nos meus
sonhos
nos braços do meu
amante.
Tenho uma rosa no peito
bem lá dentro tatuada
esteve nos meus cabelos
em outras vidas
passadas.
Assim vou sendo feliz
do meu jeito tão
singular
que pouca gente me
entende
mas não lhes deixo de
amar!
Texto: Tere Penhabe