Obaluayê é um ebora primordial e assim associado à criação e considerado como o grande regente do planeta. A terra, no sentido mais amplo da palavra, é sua matéria de origem, sobre a qual detém o poder e domínio absoluto.
A terra é uma unidade cósmica, viva e ativa. Ela é o fundamento de todas as manifestações. Tudo o que compõe a terra, ou seja, sua extensão, a variedade de seu relevo e da vegetação que nela cresce, enfim, tudo o que está sobre a terra está em conjunto e constitui uma grande unidade.
A terra encontra-se no começo e no fim de toda a vida. Toda a forma nasce dela, viva, e retorna para ela no momento em que a parte de vida que lhe tinha sido concedida se esgotou. Obaluayê está relacionado a terra e à tudo o que dela advém, ao retorno, ao pó, à transformação, à regeneração, ao renascimento, pois é sabido que "tudo o que sai da terra é dotado de vida e tudo o que volta para a terra é de novo provido de vida". Esse orixá, senhor das doenças e da morte; está ligado ao elemento terra, sendo detentor de seus segredos. Tem, também, ligação com as árvores e com os espíritos que as habitam. Todos o temem, por enviar as doenças, muitas vezes, como castigo ou como desígnios divinos para uma renovação da vida. Da mesma forma que ele traz as enfermidades (como lepra, peste, eczemas, varíola, malária, etc; que provocam alteração na temperatura corporal), traz também a cura para elas. Obaluayê usa seu xaxará para limpar a Terra de todas as doenças e pragas. Seu principal símbolo é o xaxará. Ele também usa um longo cajado, onde se prendem as três cabaças que contêm os segredos da criação.
Obaluayê tem um grande poder sobre os eguns (espíritos desencarnados) e ancestrais, controlando-os com seu xaxará. Ele é um ser tão misterioso quanto a própria morte, com a qual tem uma íntima ligação. Conhece todos os seus segredos, sendo muitas vezes confundido com Ikú, o senhor da morte.
Omulú é quem faz a limpeza do corpo logo após a morte, permitindo, assim, que as pessoas falecidas se desprendam desse plano de existência. Por esse motivo, é denominado "o senhor das coisas pútridas."
Na África, ele é venerado e temido por seus desígnios, sendo considerado uma figura repressora e perigosa, que pode trazer facilmente a morte, mas, por outro lado, é o grande redentor de todas as mazelas que atingem os seres humanos. Ele é cultuado e adorado com todo o respeito, evitando-se, inclusive, pronunciar seu nome sem um motivo real. As vestes desse vodun são muito especiais e de extrema importância para o seu culto. Suas sacerdotisas ou noviços vestem-se com palhas da costa, não deixando transparecer nenhum detalhe de seu corpo. São figuras misteriosas e austeras, que escondem os segredos da reciclagem da vida. Os desígnios de Obaluayê nos fazem refletir sobre o valor da vida humana e o quanto ela é frágil. Infelizmente, o ser humano só dá valor ao que tem quando está perdendo, como a saúde, por exemplo.
Orixá da terra, senhor das doenças, da morte, das coisas pútridas
Os filhos de Obaluayê, são pessoas que ocultam sua individualidade sob uma máscara de austeridade. Têm muita dificuldade em se relacionar, pois são muito fechados e de pouca conversa. Geralmente apaixonam-se por pessoas totalmente diferentes de si próprias, isto é, por figuras extrovertidas e sensuais. Gostam de ver o ser amado brilhar, embora o invejem. A solidão é muito peculiar a essas pessoas, devido à sua própria personalidade.
Não se sentem satisfeitos quando a vida corre normalmente, precisam mostrar seu sofrimento, exagerando, muitas vezes, nesse tipo de comportamento. Os filhos de Obaluayê são irônicos, secos e diretos. Não são pessoas de levar desaforos para casa e nem de falar pelas costas. Odeiam fofocas e vulgaridades do gênero. São pessoas firmes e decididas, que lutam para conseguir seus objetivos. Geralmente, não sentem medo da morte, pois, no fundo de seu ser, compreendem que ela é apenas uma renovação.
Os descendentes desse orixá são muito independentes e têm a necessidade de crescer com suas próprias forças e recursos. Apresentam pouco brilho em seu rosto e um semblante sério, com raros momentos de descontração. Parece que eles carregam, sobre os ombros, todo o sofrimento do mundo. Adoram fazer caridade e aliviar o sofrimento das pessoas. Os filhos de Obaluayê têm muita afinidade com profissões ligadas à área médica.Muitas dessas pessoas, devido à influência do seu orixá, que comanda os eguns, podem ter experiências sobrenaturais, como visões, sonhos, etc.
Uma característica negativa, que pode aparecer nos filhos de Obaluayê, é o masoquismo.
Texto: web page FIETRECA
Obaluaiyê quer dizer "rei e dono da terra", sua veste é palha e esconde o segredo da vida e da morte. Está relacionado à terra quente e seca, como o calor do fogo e do sol - calor que lembra a febre das doenças infecto-contagiosas. Domina completamente as doenças que rege. Ao mesmo tempo em que as causa, tem poder de cura sobre elas. Nunca estão totalmente satisfeitos, sempre querem mais... Mesmo quando acham que tudo está contra eles, persistem em seus propósitos. Para os filhos de obaluaiyê importam os fins, não os meios.
Texto: web page Portal Orixás
Sua dança o opanijé (cuja tradução é: ele mata qualquer um e come) dança curvado para frente, como que atormentado por dores, coceiras e tremores de febre.
O xaxará (espécie de cetro de mão, feito de nervuras da palha do dendezeiro, enfeitado com búzios e contas), em que ele capta das casas e das pessoas as energias negativas, bem como "varre" as doenças, impurezas e males sobrenaturais. Suas contas como Omolú, são vermelho, preto e branco; como Obaluayê, o preto e branco; como Xapanã, o preto e vermelho. Também usa o lagidibá (seu colar ritual feito de pequenos discos preto de chifre de búfalo cortado em rodelinhas), é usado para proteger de doenças e tem uma conotação de grau hierárquico. Faz muito uso dos cauris (búzios) em seu brajá (colar de búzios) e nos paramentos. Suas quizilas (proibições) mudam de casa para casa, e de nação para nação...
Grande senhora das terras molhadas e fecundas, com a qual foram criados todos os seres, reina na lama que formou a Terra, nas águas paradas e pântanos. Nanã, senhora de muitos búzios, que simbolizam fecundidade, riqueza e morte. É associada ao barro com que foi moldado o primeiro homem; ao fundo de rios e mares. É o ponto de contato entre as águas e a terra. Vive nas madrugadas, quando o orvalho umedece a terra.
Nanã, pelo fato de ser um dos primeiros Orixás criados por Olorun, é caracterizada como uma anciã, ou uma avó. É guardiã do reinado dos eguns e ancestrais, assim como Obaluayê; usando o ibiri (espécie de bastão ritual com a ponta curva, confeccionado com palha da costa e búzios) como elemento controlador e genitor. Seus preceitos são extremamente complexos e ricos em detalhes...
Ao mesmo tempo em que dá vida às criaturas, faz com que retornem ao seu elemento de origem, para mais tarde, renascerem na Terra, formando o ciclo da vida e da morte. Por isso, o corpo após a morte, deve ser devolvido a terra, de onde ele saiu um dia. Nanã Buruku é o arquétipo das pessoas que agem com calma, benevolência, dignidade e gentileza. Das pessoas lentas no cumprimento de seus trabalhos e que julgam ter a eternidade à sua frente para acabar seus afazeres.
Suas filhas têm um temperamento introvertido. Ativas e severas, gostam de ordem e limpeza. São discretas, cumpridoras de suas promessas e adoram crianças. Elas gostam das crianças e educam-nas, talvez, com excesso de doçura e mansidão, pois têm tendência a se comportarem com a indulgência dos avós.
Texto: by Pierre Verger
São conservadores e presos aos padrões convencionais estabelecidos pelos homens. Calmos, às vezes mudam rapidamente de comportamento, tornando-se guerreiros e agressivos; quando então, podem ser perigosos, o que assusta as pessoas. Levam seu ponto de vista ás últimas conseqüências. Quando mães, são apegadas aos filhos e muito protetoras. São ciumentas e possessivas. Exigem atenção e respeito, são pouco alegres e não gostam de muitas brincadeiras. São majestosos e seguros nas ações e procuram sempre o caminho da sabedoria e da justiça.
Texto: web page Portal Orixás Orixá dos pântanos, da fertilidade, da vida e da morte.
Na sua oferenda usa-se o obé (faca) de madeira, que é anterior ao ferro. É a ancestral feminina de todas as divindades aquáticas. É a purificadora da atmosfera, a divindade das chuvas e seu elemento é o barro que moldou o mundo. Está associada à água, à lama e a morte.
Texto: Orixás, o segredo da vida - Pai Cido d'Osun... “Nanã, a deusa dos mistérios, é uma divindade de origem simultânea à criação do mundo”
A vida está cercada de mistérios que ao longo da História atormentam o ser humano. Porém, quando ainda na Pré-História, o homem se viu diante do mistério da morte, em seu âmago irrompeu um sentimento ambíguo. Os mitos aliviavam essa dor e a razão apontava para aquilo que era certo no seu destino. A morte faz surgir no homem os primeiros sentimentos religiosos, e nesse momento Nanã faz-se compreender, pois nos primórdios da História os mortos eram enterrados em posição fetal, remetendo a uma ideia de nascimento ou renascimento. O homem primitivo entendeu que a morte e a vida caminham juntas, entendeu os mistérios de Nanã.
“Nanã é o princípio, o meio e o fim; o nascimento, a vida e a morte” Ela é a origem e o poder. Entender Nanã é entender o destino, a vida e a trajectória do homem sobre a terra, pois Nanã é a História. Nanã é água parada, água da vida e da morte.
Nanã pode ser a lembrança angustiante da morte na vida do ser humano, mas apenas para aqueles que encaram esse final como algo negativo, como um fardo extremamente pesado que todo o ser carrega desde o seu nascimento. Na verdade, apenas as pessoas que têm o coração repleto de maldade e dedicam a vida a prejudicar o próximo se preocupam com isso. Aqueles que praticam boas ações vivem preocupados com o seu próprio bem, com a sua elevação espiritual e desejam ao próximo o mesmo que para si, só esperam da vida dias cada vez melhores e têm a morte como algo natural e inevitável. A sua certeza é a imortalidade da sua essência.
É na morte, condição para o renascimento e para a fecundidade, que se encontram os mistérios de Nanã. Respeitada e temida, Nanã, deusa das chuvas, da lama, da terra, juíza que castiga os homens faltosos, é a morte na essência da vida.
Texto: web page Candomblé o mundo dos Orixás Nanã Buruquê representa a junção daquilo que foi criado por Deus. Ela é o ponto de contato da terra com as águas; sendo portanto também sua criação, simultânea a da criação do mundo.
1. Com a junção da água e a terra surgiu o barro.
2. O barrocom o sopro divino representa movimento.
3. O movimento adquire estrutura.
4. Movimentoe estruturasurgiram à criação; Ohomem.
Portanto, para alguns, Nanã é a divindade suprema que junto com Zâmbi (divindade máxima de um culto), fez parte da criação, sendo ela responsável pelo elemento barro, que deu forma ao primeiro homem e de todos os seres viventes da terra, e da continuação da existência humana e também da morte, passando por uma transmutação para que se transforme continuamente e nada se perca.
Esta é uma figura muito controvertida do panteão africano. Ora perigosa e vingativa, ora praticamente desprovida de seus maiores poderes, relegada a um segundo plano amargo e sofrido, principalmente ressentido.
Orixá que também rege a Justiça, Nanã não tolera traição, indiscrição, nem roubo. Por ser orixá muito discreto e gostar de se esconder, suas filhas podem ter um caráter completamente diferente do dela. Por exemplo, ninguém desconfiará que uma dengosa e vaidosa aparente filha de Oxum seria uma filha de Nanã “escondida.”
Nanã faz o caminho inverso da mãe da água doce. É ela quem reconduz ao terreno do astral, as almas dos que Oxum colocou no mundo real. É a deusa do reino da morte, sua guardiã, quem possibilita o acesso a esse território do desconhecido.
A senhora do reino da morte é, como elemento, a terra fofa, que recebe os cadáveres, os acalenta e esquenta, numa repetição do ventre, da vida intra-uterina. É, por isso, cercada de muitos mistérios no culto e tratada pelos praticantes com menos familiaridade que os Orixás mais extrovertidos como Ogum e Xangô, por exemplo.
Muitos são portanto os mistérios que Nanã esconde, pois nela entram os mortos e através dela são modificados para poderem nascer novamente. Só através da morte é que poderá acontecer para cada um a nova encarnação, para novo nascimento, a vivência de um novo destino – e a responsável por esse período é justamente Nanã.
Ela é considerada como uma figura austera, justiceira e absolutamente incapaz de uma brincadeira ou então de alguma forma de explosão emocional. Em outra linha da vida, ela é encontrada na menopausa. No inicio desta linha está Oxum estimulando a sexualidade feminina; no meio está Yemanjá, estimulando a maternidade; e no fim está Nanã, paralisando tanto a sexualidade quanto a geração de filhos.
A Orixá Nanã rege sobre a maturidade e seu campo preferencial de atuação é o racional dos seres. Atua decantando os seres emocionados e preparando-os para uma nova “vida”, já mais equilibrada.
Uma pessoa que tenha Nanã como Orixá de cabeça, pode levar em conta principalmente a figura da avó: carinhosa às vezes até em excesso, levando o conceito de mãe ao exagero, mas também ranzinza, preocupada com detalhes, com forte tendência a sair censurando os outros. Não tem muito senso de humor, o que a faz valorizar demais pequenos incidentes e transformar pequenos problemas em grandes dramas. Ao mesmo tempo, tem uma grande capacidade de compreensão do ser humano, como se fosse muito mais velha do que sua própria existência. Por causa desse fator, o perdão aos que erram e o consolo para quem está sofrendo é uma habilidade natural. . . .
Oxum é a energia que impera nos rios, cachoeiras, riachos, em toda corrente de água doce natural. E como todos os rios dão no mar, no final ela fundirá sua essência com a de sua mãe, a qual a espera para que, na sua imensidão, Oxum represente o pensamento íntimo de feminilidade da psique humana. Oxum é dona do ouro, do mel, da cabaça.
Na maioria das vezes, recorre-se a ela para pôr ordem nos desencontros amorosos e sentimentais; para apaziguar e amenizar alguma situação; e como Oxum ama e cuida das crianças, pede-se por elas em relação a seus estudos, ao seu comportamento em casa, ou para que uma mulher fique grávida, ou qualquer outra coisa que tenha ligação com a infância e a adolescência. Sua zona de influência no corpo humano é principalmente a do baixo-ventre. Assim como é protetora, é também muito ciumenta de tudo o que lhe pertence.
Texto: by Zolrak Orixá das águas doces, da fertilidade, da beleza, riqueza e ouro. Faceira, vaidosa, dança com enfeites de ouro... Todos os metais amarelos pertencem a Oxum, o ouro, e principalmente o bronze, metal com que são manufaturados seus braceletes (idés) e o abebé (leque). Oxum é considerada a mais eminente das Iyás, é símbolo do feminino, rainha maravilhosa. É genitora por excelência, ligada, particularmente à procriação, por isso esta associada à descendência. É patrona da gravidez. O desenvolvimento do feto é colocado sob sua proteção, bem como o bebê, até que ele comece a armazenar conhecimento e línguagem.
Texto: Informativo Axé Ilê Obá
Dela são as águas doces dos lagos fontes e rios. Água que mata a sede dos humanos e da terra, que assim se torna fecunda e fornece os alimentos essenciais à vida dos homens e mulheres tão amados pela mamãe Oxum.
É responsável pela irrigação e fecundação da terra, possibilitando o surgimento de uma nova vida. Ela é freqüentemente evocada para propiciar uma boa colheita.
Olorun deu a ela o poder sobre a gestação e a fertilidade dos seres humanos, sendo muito ligada ao instinto maternal. Oxum protege o ser criado no momento da concepção e período intra-uterino. Está presente na hora do nascimento e pós-parto, tornando-se responsável pela criança o tempo necessário para que esta possa caminhar sozinha.
Esse orixá também cuida de todo o órgão reprodutor feminino, bem como do ejé (sangue) que as mulheres liberam no período menstrual. Muitas oferendas são realizadas em sua homenagem, com o intuito de possuir o sagrado dom da maternidade, ou para pedir a cura de alguns dos males ginecológicos.
A fertilidade, não diz respeito somente à reprodução das espécies. Num sentido mais amplo, a fertilidade irá atuar no campo das idéias, despertando a criatividade do ser humano, que possibilitará o seu desenvolvimento.
Oxum está ligada à riqueza, tendo no ouro seu principal metal, que é, também, sua cor predominante. Além disso, a beleza e a graciosidade são seus predicados mais apreciados.
Em suas aventuras, este orixá é tanto a brava guerreira, pronta para qualquer confronto, como a frágil e sensual ninfa amorosa. Determinação, malícia para ludibriar os inimigos, ternura para com seus queridos, Oxum é, sobretudo a deusa do amor.
Este orixá encarna a identidade feminina, vivendo intensamente os papéis de filha, amante e mãe. De menina dengosa, passando pela mulher irresistível até a senhora protetora, Oxum é sempre dona de uma personalidade forte, que não aceita ser relegada a segundo plano, afirmando-se em todas circunstâncias da vida. Com seus atributos, ela dribla os obstáculos para satisfazer seus desejos.
O arquétipo de Oxum é o das mulheres graciosas e elegantes, com paixão pelas jóias, perfumes e vestimentas caras. Das mulheres que são símbolos do charme e da beleza. Voluptuosas e sensuais, porém mais reservadas que Oiá. Elas evitam chocar a opinião pública, à qual dão grande importância. Sob sua aparência graciosa e sedutora escondem uma vontade muito forte e um grande desejo de ascensão social.
Texto: web page FIETRECA
É comum dizer-se que Yemanjá alenta a criação e preside a gravidez, mas é Oxum quem concebe e é a criadora. Como segundo Orixá de Cabeça, Oxum dá tranqüilidade, confiança e êxito principalmente com os Orixás Ogum e Xangô.
No plano mental, o orixá dá aos seus tutelados uma percepção brilhante dos fatos, imprime a seus filhos uma acuidade de prever acontecimentos.
Sensíveis e resignados, esquecem com facilidade as ofensas recebidas, procurando inclusive, reatar laços de amizade, já que fazer amigos duradouros é sua tendência natural. ...
A majestade dos mares, senhora dos oceanos, sereia sagrada, Yemanjá é a rainha das águas salgadas, regente absoluta dos lares, protetora da família.
Chamada também de Deusa das Pérolas, é aquela que apara a cabeça dos bebês no momento de nascimento.
Em Yorubá o nome Yemanjá significa a mãe dos filhos-peixe.
Yemanjá tem seus domínios nas profundezas das águas, de onde emerge para atender seus devotos, principalmente as mulheres que atribuem a elas poderes que favorecem a fertilidade e a fecundidade. É maternal, sempre pronta para amamentar as crianças sob seu domínio.
É ela que proporcionará boa pesca nos mares, regendo os seres aquáticos e provendo o alimento vindo do seu reino. É ela quem controla as marés, a praia em ressaca, a onda do mar, o maremoto. Protege a vida marinha. Junta-se ao orixá Oxalá complementando-o como o Princípio Gerador Feminino. Essa força da natureza também tem papel muito importante em nossas vidas, pois é ela que rege nossos lares, nossas casas. É ela que dá o sentido da família às pessoas que vivem debaixo de um mesmo teto. Ela é a geradora do sentimento de amor ao seu ente querido, que vai dar sentido e personalidade ao grupo formado por pai, mãe e filhos tornando-os coesos. Rege as uniões, os aniversários, as festas de casamento, todas as comemorações familiares. É o sentido da união por laços consangüíneos ou não.
Um de seus enfeites e atributos é o abebé (leque), podendo ser de metal prateado ou prata (o seu metal), ou de qualquer outro material que tenha suas cores e emblemas. Também sabe ser delicada, mantendo-se de espada em punho para defender seus filhos.
Numa casa de santo, Yemanjá atua dando sentido ao grupo, à comunidade ali reunida e transformando essa convivência num ato familiar; criando raízes e dependência; proporcionando sentimento de irmão para irmão em pessoas que há bem pouco tempo não se conheciam; proporcionando também o sentimento de pai para filho ou de mãe para filho e vice-versa, nos casos de relacionamento dos Babalorixás (Pais no Santo) ou Ialorixás (Mães no Santo) com os Filhos no Santo. A necessidade de saber se aquele que amamos estão bem, a dor pela preocupação, é uma regência de Yemanjá, que não vai deixar morrer dentro de nós o sentido de amor ao próximo, principalmente em se tratando de um filho, filha, pai, mãe, outro parente ou amigo muito querido. É a preocupação e o desejo de ver aquele que amamos a salvo, sem problemas, é a manutenção da harmonia do lar.
Pelo fato de Yemanjá ser a Criação, sua filha normalmente tem um tipo muito maternal. Aquela que transmite a todos a bondade, confiança, grande conselheira. É mãe. Sempre tem os braços abertos para acolher junto de si todos aqueles que a procuram. A porta de sua casa sempre está aberta para todos, e gosta de tutelar pessoas. Tipo a grande mãe. Aquela mulher amorosa que sempre junta os filhos dos outros com os seus.
O homem filho de Yemanjá carrega o mesmo temperamento: é o protetor. Cuida de seus tutelados com muito amor. Geralmente é calmo e tranqüilo, exceto quando sente-se ameaçado na perda de seus filhos, isto porque não divide isto com ninguém. É sempre discreto e de muito bom gosto. Veste-se com muito capricho. É franco e não admite a mentira. Normalmente fica zangado quando ofendido e o que tem como ajuntó o orixá Ogum, torna-se muito agressivo e radical. Diferente é quando o ajuntó é Oxóssi, aí sim, é pessoa calma, tranqüila, e sempre reage com muita tolerância.
O maior defeito do filho de Yemanjá é o ciúme. É extremamente ciumento com tudo que é seu, principalmente das coisas que estão sob sua guarda. Gostam de viver num ambiente confortável e, mesmo quando pobres, pode-se notar uma certa sofisticação em suas casas, se comparadas com as demais da comunidade de que fazem parte.
Nos apresentam uma figura um pouco rígida, refratária a mudanças, apreciadora do cotidiano. Ao mesmo tempo, indicam alguém doce, carinhoso, sentimentalmente envolvente e com grande capacidade de empatia com os problemas e sentimentos dos outros. Mas nem tudo são qualidades em Yemanjá, como em nenhum Orixá. Seu caráter pode levar o filho desse Orixá a ter uma tendência a tentar concertar a vida dos que o cercam - o destino de todos estariam sob sua responsabilidade. Gostam de testar as pessoas. ... Orixá das águas salgadas, pela concepção da vida e fertilidade.
As mulheres desse orixá assumem a condição de dona do lar, mãe e mulher. Como mães, sabem cuidar muito bem de sua prole, em todos os sentidos, preocupando-se com a saúde, higiene, aprendizado, educação e alimentação. Geralmente, são muito severas e, às vezes, cometem alguns exageros nesses cuidados. Elas não descansam enquanto tudo não estiver dentro dos padrões estabelecidos por elas próprias.
São perfeccionistas em tudo que fazem, e não gostam das coisas malfeitas. Adoram limpeza e organização, sempre conferindo se o serviço foi bem feito, caso elas mesmas não possam assumir as tarefas do lar. Mesmo trabalhando fora, não descuidam de sua casa e do bem estar de sua família, que geralmente é numerosa.
Não gostam da solidão, por isso dão muito valor à sua vida familiar, sendo muito carinhosas com seus entes queridos. Mesmo que, às vezes, ajam com austeridade, elas estão única e exclusivamente pensando no bem-estar de todos. Freqüentemente, esquecem de si próprias, de seus anseios e necessidades, para trabalhar em prol da felicidade dos que ama. Tendem a ser a mãe de todos que as cercam.
Os filhos de Yemonjá assumem muitas responsabilidades, encarando os problemas com inteligência e sempre encontrando a melhor solução. Adoram mandar, por isso têm a fama de autoritários.
São pessoas muito confiáveis e competentes no que fazem. Sem muitas ambições, preferem viver bem e com segurança o seu dia a dia, do que sonhar acordado. A força e a determinação são traços marcantes de sua personalidade, assim como a amizade e o companheirismo.
São discretos e capazes de fazer chantagens emocionais, mas nunca diabólicas. Demoram muito para confiar em alguém, pois não gostam de ser apunhalados pelas costas. Embora possuam grande capacidade de perdoar, nunca esquecem o que lhe fazem, tanto de bom, quanto de ruim.
Texto: web page FIETRECA
Yemanjá, traz o equilíbrio da cabeça é a dona do ori. É a mãe de tudo que existe na face da terra, quando as pessoas têm vícios ou estão com stresspeça a Yemanjá para trazer o equilíbrio físico, mental e espiritual para essa pessoa.
Agilidade e destreza em pleno movimento, ela é o Orixá do vento além de ser o Orixá das tempestades e do raio. Carrega uma espada, já que é uma guerreira. O cobre, metal que lhe pertence; outra de suas ferramentas em forma de espanador, feita de crina de cavalo que serve para espantar os egunes (espíritos dos mortos), cuja denominação é iruexim.
Iansã ou Oiá, é temperamental e com certo “ar” – é válida a redundância – de leviandade em seus critérios. Ela não se sujeita a rótulos, não é estereotipada, nem gosta de limitações nem de parâmetros, tal qual o elemento que preside. Como o vento que ela preside é lutadora incansável (como se injetasse em si mesma a energia do raio); incontível, como tudo o que representa, esbanja alegria e sensualidade.
Seu passo e dança são bem marcados, triunfantes, marciais, rápidos e “cintilantes”.
Texto: by Zolrak
Orixá do vento, das tempestades e do raio.
A figura de Iansã sempre guarda boa distância das outras personagens femininas centrais do panteão mitológico africano, se aproxima mais dos terrenos consagrados tradicionalmente ao homem, pois está presente tanto nos campos de batalha, onde se resolvem as grandes lutas, como nos caminhos cheios de risco e de aventura - enfim, está sempre longe do lar; Iansã não gosta dos afazeres domésticos.
As características dos filhos de Iansã são conhecidas por seu temperamento explosivo. Está sempre chamando a atenção por ser inquieta e extrovertida. Sempre a sua palavra é que vale e gosta de impor aos outros a sua vontade. Não admite ser contrariada, pouco importando se tem ou não razão, pois não gosta de dialogar. Em estado normal é muito alegre e decidida. Questionada torna-se violenta, partindo para a agressão, com berros, gritos e choro. Tem um prazer enorme em contrariar todo tipo de preconceito. Passa por cima de tudo que está fazendo na vida, quando fica tentada por uma aventura. Em seus gestos demonstra o momento que está passando, não conseguindo disfarçar a alegria ou a tristeza.
Não tem medo de nada. Enfrenta qualquer situação de peito aberto. É leal e objetiva. Sua grande qualidade, a garra, e seu grande defeito, a impensada franqueza, o que lhe prejudica o convívio social.
Iansã é a mulher guerreira que, em vez de ficar no lar, vai à guerra. São assim os filhos de Iansã, que preferem as batalhas grandes e dramáticas ao cotidiano repetitivo.
Costumam ver guerra em tudo, sendo portanto competitivos, agressivos e dados a ataques de cólera. Ao contrário, porém, da busca de certa estratégia militar, que faz parte da maneira de ser dos filhos de Ogum, os filhos de Iansã costumam ser mais individualistas, achando que com a coragem e a disposição para a batalha, vencerão todos os problemas.
São fortemente influenciados pelo arquétipo da deusa aquelas figuras que repentinamente mudam todo o rumo da sua vida por um amor ou por um ideal. Talvez uma súbita conversão religiosa, fazendo com que a pessoa mude completamente de código de valores morais e até de eixo base de sua vida, pode acontecer com os filhos de Iansã num dado momento de sua vida.
Da mesma forma que o filho de Iansã revirou sua vida uma vez de pernas para o ar, poderá novamente chegar à conclusão de que estava enganado e, algum tempo depois, fazer mais uma alteração - tão ou mais radical ainda que a anterior.
São de Iansã, aquelas pessoas que podem ter um desastroso ataque de cólera no meio de uma festa, num acontecimento social, na casa de um amigo - e, o que é mais desconcertante, momentos após extravasar uma irreprimível felicidade, fazer questão de mostrar, à todos, aspectos particulares de sua vida.
É extremamente sensual, apaixona-se com freqüência e a multiplicidade de parceiros é uma constante na sua ação, raramente ao mesmo tempo, já que Iansã costuma ser íntegra em suas paixões; assim nada nela é medíocre, regular, discreto, suas zangas são terríveis, seus arrependimentos dramáticos, seus triunfos são decisivos em qualquer tema, e não quer saber de mais nada, não sendo dada a picuinhas, pequenas traições. É o Orixá do arrebatamento, da paixão. Irrequieta, autoritária, mas sensual, de temperamento muito forte, dominador e impetuoso.
Os filhos de Iansã são atirados, extrovertidos e chocantemente diretos. Às vezes tentam ser maquiavélicos ou sutis, mas a longo prazo, um filho de Iansã sempre acaba mostrando cabalmente quais seus objetivos e pretensões.
Têm uma tendência a desenvolver vida sexual muito irregular, pontilhada por súbitas paixões, que começam de repente e podem terminar mais inesperadamente ainda. Mostram-se incapazes de perdoar qualquer traição - que não a que ela mesmo faz contra o ser amado. Enfim, seu temperamento sensual e voluptuoso pode levá-las a aventuras amorosas extraconjugais múltiplas e freqüentes, sem reserva nem decência, o que não as impede de continuarem muito ciumentas dos seus maridos, por elas mesmas enganados. Mas quando estão amando verdadeiramente são dedicadas a uma pessoa são extremamente companheiras.
Todas essas características criam uma grande dificuldade de relacionamentos duradouros com os filhos de Iansã. Se por um lado são alegres e expansivos, por outro, podem ser muito violentos quando contrariados; se têm a tendência para a franqueza e para o estilo direto, também não podem ser considerados confiáveis, pois fatos menores provocam reações enormes e, quando possessos, não há ética que segure os filhos de Iansã, dispostos a destruir tudo com seu vento forte e arrasador.
Ao mesmo tempo, costumam ser amigos fiéis para os poucos escolhidos ara seu círculo mais íntimo.
Uma de suas atribuições é colher os seres fora-da-Lei e, com um de seus magnetismos, alterar todo o seu emocional, mental e consciência, para, só então, redirecioná-lo numa outra linha de evolução, que o aquietará e facilitará sua caminhada pela linha reta da evolução.
Xangô, é viril e atrevido, violento e justiceiro; castiga os mentirosos, os ladrões e os malfeitores, razão do que de sobra, para ser denominado, Deus da justiça.
Em sua dançá, o alujá , Xangô brande orgulhosamente seu oxé e assim que a cadência se acelera, ele faz um gesto de quem vai pegar num labá (sua bolsa) imaginário, as pedras de raio, e lançá-las sobre a terra.
Texto: Autor Fernando Oli. Perna .
Orixá do fogo e trovão, protetor da justiça. É o orixá das pedreiras, das terras áridas e das rochas. Seu elemento é o fogo, dominando também o raio e o trovão. O metal a que pertence é o cobre.
Sua ferramenta principal é o Oxé (machado de dois gumes), simbolizando a imparcialidade na hora da justiça.
Os filhos de Xangô são extremamente enérgicos, autoritários, gostam de exercer influência nas pessoas e dominar a todos, são líderes por natureza, justos honestos e equilibrados, porém quando contrariados, ficam possuídos de ira violenta e incontrolável.
É muito violento, mas nunca gratuitamente. Quando provocado, castiga seus inimigos sem piedade, sendo implacável nas guerras de conquista, atividade que exerce com maestria. Se for necessário, Xangô usa seus poderes de feitiçaria para destruir o inimigo.
Como grande amante da justiça, é imparcial em suas ações, usando toda sua autoridade para resolver as mais difíceis questões, tarefa que ninguém gosta de fazer. Sempre podemos recorrer a ele quando nos defrontarmos com questões litigiosas ou problemas jurídicos. Suas decisões são sempre consideradas sábias, ponderadas, hábeis e corretas. Ele é o Orixá que decide sobre o bem e o mal.
O administrador da justiça nunca poderia olhar apenas para um lado, defender os interesses de um mesmo ponto de vista sempre. Numa disputa, seu poder pode voltar-se contra qualquer um dos contendores, sendo essa a marca de independência e de totalidade de abrangência da justiça por ele aplicada.
Xangô tem a fama de agir sempre com neutralidade. Seu raio e eventual castigo são o resultado de um quase processo judicial, onde todos os prós e os contras foram pensados e pesados exaustivamente. Seu Axé, portanto está concentrado nas formações de rochas cristalinas, nos terrenos rochosos à flor da terra, nas pedreiras, nos maciços. Suas pedras são inteiras, duras de se quebrar, fixas e inabaláveis, como o próprio Orixá. Axé de Xangô são as pedras chamadas “Pedras de Raio”, meteoritos que é a força da natureza.
Tudo que se refere a estudos, as demandas judiciais, ao direito, contratos, documentos trancados, pertencem a Xangô.
Xangô também gera o poder da política. É monarca por natureza e chamado pelo termo obá (Rei). No dia-a-dia encontramos Xangô nos fóruns, delegacias, ministérios políticos, lideranças sindicais, associações, movimentos políticos, nas campanhas e partidos políticos, enfim, em tudo que gera habilidade no trato das relações humanas ou nos governos, de um modo geral.
Xangô é a ideologia, a decisão, à vontade, a iniciativa. É a rigidez, organização, o trabalho, a discussão pela melhora, o progresso social e cultural, a voz do povo, o levante, à vontade de vencer. Também o sentido de realeza, a atitude imperial, monárquica. É o espírito nobre das pessoas, o chamado “sangue azul”, o poder de liderança. Para Xangô, a justiça está acima de tudo e, sem ela, nenhuma conquista vale a pena; o respeito pelo Rei é mais importante que o medo.
Xangô é o Orixá da Justiça e seu campo preferencial de atuação é a razão, despertando nos seres o senso de equilíbrio e eqüidade, já que só conscientizando e despertando para os reais valores da vida a evolução se processa num fluir contínuo.
Ogún data de tempos proto-históricos, é pré-histórico, violento e pioneiro; suas armas são primeiras de pedra, depois o ferro. Sua primogenitura converte-o em quase irmão gêmeo de Exú.
Deus da guerra, imagem arquetípica do soldado, Ogún é também o deus do ferro, da metalurgia. Do ferreiro ao cirurgião, todos os que utilizam instrumentos de ferro (e o aço por conseqüência) em seu trabalho:
Agricultores, caçadores, açougueiro, barbeiros, marceneiros, carpinteiros, escultores e outros que juntaram-se ao grupo desde o início do século, mecânicos e motoristas; rendem homenagem à Ogún. Nesse sentido ele é o arquétipo da conquista da civilização humana, consolidada na idade do ferro. Orixá de personalidade violenta, obstinada, constante, viril, disciplinada, quando não rígida.
Na sua estreita relação, com a natureza humana, na qual é o regente dos "caminhos" no seu sentido de trabalho, oportunidades profissionais, e ao mesmo tempo "guardião" da casa.
O número sete é associado a Ogún e ele, é representado nos lugares que lhe são consagrados, por instrumentos de ferro, em número de sete, catorze ou vinte e um, pendurados numa haste horizontal, também de ferro: lança, espada, enxada, torquês, facão, ponta de flecha e enxó, símbolos de suas atividades.
Sua cor é o azul escuro, é o primeiro a ser saudado depois que Exú é "despachado" (ritual que antecede os Xirés - ocasião festiva, que as casas de candomblé, cantam para todos os orixás - que este tipo de exú, na sua forma negativa de maldoso, funcionando também como uma espécie de guardião do ritual, contra outros tipos de espíritos "não iluminados", não perturbe e não deixe, perturbarem o culto). É sempre Ogún que desfila na frente, "abrindo caminho" para os outros orixás (mais uma vez, a indicação da sua função de abrir caminhos), quando eles entram no Ilê nos dias de festa, manifestados e vestidos com suas roupas simbólicas.
Texto: Autor Fernando Oli. Perna.
Orixá da guerra, das batalhas, dos metais, da agricultura, dos caminhos e da tecnologia.
Depois de Exú é o Ogum que está mais próximo dos homens. Orixá do fogo e do ferro em que são forjados os instrumentos como espada, a faca, a foice, a enxada, a ferradura, a lança, o martelo, a bigorna, a pá, etc.
Ogum é o dono das estradas de ferro e dos caminhos. Protege também as portas de entrada das casas e templos.
Ogum é protetor dos militares, soldados, ferreiros, trabalhadores e agricultores. Fundamentos:
Senhor deus da guerra, dono do trabalho porque possui todas as ferramentas como seus símbolos. Dono do ferro e do aço. É dono do obé (faca) e por isso vem logo após o Bará, pois sem as facas que lhe pertencem não seriam possíveis os sacrifícios.
Os filhos de Ogum possuem um temperamento um tanto violento, são impulsivos, briguentos e custam a perdoar as ofensas dos outros. Não são muitos exigentes na comida, no vestir, nem tampouco na moradia, com raras exceções. São amigos, camaradas, porém estão sempre envolvidos em demandas; divertidos, despertam interesses nas mulheres, mas não se fixam muito a uma só pessoa até realmente encontrarem seu grande amor.
Os filhos de Ogum são pessoas dinâmicas, honestas, responsáveis, procurando sempre fazer o melhor naquilo que lhe é confiado. Pessoas de gênio forte beirando as raias da violência.
Se envolvem facilmente em brigas e demandas, quando são contrariados.
Têm uma forte influência do "Odu Etaogunda".
Neste caminho de Odu (destino), é que nasceram a faca e todos os objetos de ferro. Por isso, Ogum está muito ligado a Etaogunda. Os filhos deste Odu, ou pessoas que estão sob a sua influência, devem agir sempre em conformidade com a justiça. Caso contrário terão dentro de si mesmo o seu maior inimigo. Este é o Odu da justiça."É o grande desafio do comportamento". Não tolera mentira, sendo implacável nestes casos...
É responsável pelas demandas jurídicas, juntamente com Xangô, pois para Ogum a justiça e a retidão são muito importantes. Ele não atua como o juiz que julga o certo e o errado, mas faz prevalecer o que é considerado certo.