A Origem do Mal.
Havia na Corte Celestial um anjo chamado Lúcifer, também chamado O Anjo Belo, o primeiro dos Querubins possuidor de grandes conhecimentos, o que o distinguia entre os demais anjos da Corte de Deus.
Sucedeu que estranhos sentimentos de orgulho e vaidade começaram a penetrar no coração do Anjo Belo, levando-o a conspirar contra Deus com o propósito de assumir o trono divino.
Não querendo o Pai Celestial eliminá-lo, decidiu expulsá-lo do Paraíso, juntamente com os seus adeptos. Foi desta maneira que milhões de espíritos rebeldes, comandados pelo Anjo Belo, formaram o seu Reino - O Reino das Trevas.
Texto: José Maria Bittencourt
Para os cristãos, o Diabo foi a criação mais perfeita de Deus. Mas, Lúcifer (a estrela da manhã) ou Luzbel (linda luz) se levantou contra o poder de Deus e arrastou um terço dos anjos que habitavam o céu, os quais iniciaram uma árdua batalha contra o Criador, até conseguir sua expulsão do lado d’Ele.
Suas hostes são muito grandes, suas legiões incalculáveis. Todos eles se servem dos mais baixos instintos humanos e são conhecidos como íncubos (demônios homens) e súcubos (demônios mulheres).
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Exú
Ele é o "Senhor dos Caminhos"; é quem escuta e atende com cuidado e cautela os nossos pedidos, para levá-los até os Orixás maiores, dos quais é o porta voz. Cumprindo esta importante tarefa, alcança luz espiritual, atendendo às mais prementes necessidades ou carências humanas.
Sua especialidade é "abrir os caminhos" (no que se refere a trabalho, profissão, carreira ou meio de vida). Sem ele não se pode iniciar nada no terreno espiritual, já que ele é o mediador entre os homens e os Orixás.
Exú tem uma psicologia muito profunda e, como está em contato íntimo com os homens, trabalha no nosso mesmo plano astral.
Trata-se de uma energia viril, quase maléfica. Muitas estatuetas africanas, feitas de barro ou de madeira talhada (geralmente em ébano), mostram essa característica; isto é, a energia representa a força reprodutora inata do homem.
Pomba-Gira
É a versão feminina do Exú, isto é, Exú mulher, e tem as mesmas características do Exú homem, mudando ou variando as características viris por conotações específicas do gênero feminino, já que é delicada, sensual, amante da beleza, etc. Também funcionam como intermediárias entre os Orixás e os Homens.
Alegres, divertidas e munidas de um alto poder de sedução, elas cativam só com a sua presença. Quando baixam à Terra, lançam uma gargalhada estridente e musical, como se fosse um grito de liberdade e alegria.
Texto: by Zolrak
As funções de Exú são muitas, e todas de extrema importância para o equilíbrio do universo, como, por exemplo, estabelecer a comunicação entre nós, seres humanos, e o nosso orixá ou protetor particular.
Todos nós temos um Exú, que é individualizado, com suas formas, ou qualidades, bem definidas.
Todos têm Exú, mesmo aqueles que o tratam como demônio. Sem ele, não existiria vida, evolução, movimento, crescimento, dinamismo; enfim, estaríamos completamente estagnados e sem rumo.
Exú é o guardião de todas as passagens, inclusive entre o céu e a Terra, e das porteiras que existem em nosso mundo.
Exú é um orixá que conhece o íntimo do ser humano porque foi criado do mesmo material que nós. Ele sabe tudo o que nós precisamos para viver, como trabalho, dinheiro, moradia, amor, sexo, etc. Ele está intimamente ligado a nós e ao nosso protetor; por isso, em determinadas situações e problemas, nós podemos recorrer diretamente a Exú, para que ele nos abra as portas e limpe nosso caminho dos obstáculos.
Texto: Web page FIETRECA
Exú, Elégbára é um Orixá de múltiplos e contraditórios aspectos, o que o torna muito difícil de defini-lo de maneira coerente. De caráter irascível, ele gosta de suscitar dissensões e disputas, de provocar acidentes e calamidades públicas e privadas. É astucioso, grosseiro, vaidoso, indecente. Entretanto, Exú possui o seu lado bom e, se ele é tratado com consideração, reage favoravelmente, mostrando-se serviçal e prestativo. Se, pelo contrário, as pessoas esquecerem de lhe oferecer sacrifícios e oferendas, podem esperar todas as catástrofes.
Exú revela-se, talvez, por essa maneira, ser o mais humano dos Orixás, nem completamente bom, nem completamente ruim.
Exú é o guardião dos templos, das casas, das cidades e das pessoas. E também ele serve de intermediário entre os homens e os deuses.
Exú pode fazer coisas extraordinárias como as que se exprimem nos seus oríkì, os louvores tradicionais.
“Exú fez o erro virar acerto e o acerto virar erro.”
“É numa peneira que ele transporta o azeite que ele compra no mercado; e o azeite não escorre dessa estranha vasilha.”
“Ele matou o pássaro ontem, com uma pedra que atirou somente hoje. Se ele se zanga, pisa numa pedra e ela põe-se a sangrar.”
“Aborrecido, ele senta-se na pele de uma formiga.”
“Sentado a sua cabeça bate no teto; de pé, não atinge a altura de um fogareiro.”
Texto: Livro Orixás Deuses Iorubás na África e no Novo Mundo. Autor: Pierre Fatumbi Verger.