domingo, 17 de agosto de 2008

Òsóòsi, Oxóssi...

Odé
É o orixá caçador, que vive nas florestas e nas terras verdes não cultivadas. Está associado à lua e à noite, por ser o melhor momento para a caça. Sua técnica consiste em esperar, pacientemente, a preza aproximar-se para, então, deferir seu tiro certeiro.

Odé tem como missão trazer caça para todos os povos do mundo. A caça simboliza o alimento necessário para a sobrevivência das espécies e, também, a busca de novos caminhos para o desenvolvimento.

A atividade de caçador sempre foi considerada pioneira e muito importante, trazendo para seus integrantes uma posição de destaque entre os seus. Devido à sua principal atividade, Odé permanece muito tempo isolado, concentrando-se totalmente na tarefa que está desempenhando.

Sua principal ferramenta é o ofá (arco) e a flecha, muito utilizados em sua arte. Outra ferramenta importante é o erukerê (objeto sagrado feito com o rabo de búfalo), utilizado, especialmente, para a magia. Seus poderes mágicos são muito importantes, através dos quais os caçadores enfrentam os seres encantados que habitam as florestas. O erukerê, que é detentor de "axé", também serve para espalhar a fertilidade pelo mundo.

Oxóssi Odé também é reverenciado durante os rituais de colheita e de fertilização do solo.
O arquétipo de Oxóssi é o das pessoas espertas, rápidas, sempre alerta e em movimento. São pessoas cheias de iniciativa e sempre em vias de novas descobertas ou de novas atividades. Têm o senso da responsabilidade e dos cuidados para com a família. São generosas, hospitaleiras e amigas da ordem, mas gostam muito de mudar de residência e achar novos meios de existência em detrimento, algumas vezes, de uma vida doméstica harmoniosa e calma.

A determinação e a paciência para guardar o momento certo de agir, fazem parte da sua personalidade.
É um orixá de pessoas presas ao cotidiano e de homens comuns, que não sonham muito. Alguns filhos desse orixá possuem muita criatividade e dons artísticos.

Texto: web page FIETRECA


Orixá das matas, da caça e da fartura.

Senhor das florestas seu habitat natural, onde vive e caça. É a divindade da harmonia e do equilíbrio ecológico, protege os caçadores e a caça ao mesmo tempo, não permite a caça predatória. Aceita somente a busca do alimento.

Caçador Está associado com a vida ao ar livre e com os elementos da natureza. Como bom caçador, é solitário e individualista. Mas não dispensa das pessoas no convívio social e nunca vive sem um grande amor.

Arquétipos: Solitários, no trabalho exigem silêncio e concentração. Observadores e joviais, ágeis e espertos, estão sempre atentos. Seus objetivos estão em primeiro lugar, são lideres e independentes ao mesmo tempo que são pacientes com as pessoas, são rápidos e espontâneos nas ações. Comunicativos e ordeiros, amantes e sonhadores, no fundo são pessoas românticas e vaidosas, que passam por esnobes e exibicionistas e que necessitam do convívio social para exercitar suas qualidades de liderança.

Texto: web page Portal Orixás


Guerreiro destemido, viril e aventureiro, senhor das matas e dos espíritos da floresta.
O x ó s s i Modesto, um filho de Oxóssi, como o pai, jamais tentará fazer sua opinião prevalecer, tampouco, se considerará sábio, apesar do vasto conhecimento adquirido graças à sua intensa atividade intelectual.

Refinado, tem bom gosto, o que confere elegância e nobreza a seu charme natural. Essa fineza quase aristocrática, no entanto, pode muitas vezes levar à impressão de se estar diante de alguém sem interesse nem entusiasmo, não poderia haver engano maior. Oxóssi é cheio de iniciativa e sabe o que quer.

Sua franqueza, no entanto, chega a ser constrangedora. Ele não tem jogo de cintura e não se incomoda com isso. Não faz questão de ser hábil no trabalho com as pessoas. O que lhe importa é a sinceridade, a verdade, custe o que custar e doa a quem doer.
Òshóssi
Indomável, ele conquista o coração das mulheres, mas mostra-se indiferente às investidas amorosas, pois, é que Oxóssi acredita no amor estável, por isso, só quando ama revela sua face de amante sincero e dedicado.

Texto: by Pierre Verger 

Grande protetor da agricultura, possui muita afinidade com Oxum.
No curso das danças em louvor a Oxóssi, seus adeptos imitam o gesto de um caçador perseguindo a caça, e o tiro de arco.
Na África, na sua indumentária, usam chifres de touro selvagem, os quais no Brasil, são substituídos por chifres de touro Marajó.
Do som dos chifres, ressoando, se dá a comunicação entre o Aiyê e Orum (terra e céu). O seu efeito é para o ritual do culto dirigido a Odé, onde os
africanos se expressam desta forma: “Senhor, escute minha voz.”


CouroOxóssi, deus das florestas, onde habitam todas as espécies de caça e das matas, onde são colhidas as ervas, folhas e raízes que fazem parte do ritual litúrgico.
Das forças das matas se obtém uma energia cósmica que envolve cada ser que nela habita e proporciona ao humano o equilíbrio benéfico de suas virtudes. Estas são extraídas das folhas, em contato direto com a água, como se fosse um bálsamo que transmite a paz e a saúde.

Texto: Dalva da Oxum







 
 

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Obaluayê, Xapanã, Omolú...

Obaluayê


Obaluayê é um ebora primordial e assim associado à criação e considerado como o grande regente do planeta.
A terra, no sentido mais amplo da palavra, é sua matéria de origem, sobre a qual detém o poder e domínio absoluto.

A terra é uma unidade cósmica, viva e ativa. Ela é o fundamento de todas as manifestações. Tudo o que compõe a terra, ou seja, sua extensão, a variedade de seu relevo e da vegetação que nela cresce, enfim, tudo o que está sobre a terra está em conjunto e constitui uma grande unidade.

A terra encontra-se no começo e no fim de toda a vida. Toda a forma nasce dela, viva, e retorna para ela no momento em que a parte de vida que lhe tinha sido concedida se esgotou. Obaluayê está relacionado a terra e à tudo o que dela advém, ao retorno, ao pó, à transformação, à regeneração, ao renascimento, pois é sabido que "tudo o que sai da terra é dotado de vida e tudo o que volta para a terra é de novo provido de vida".

OmolúEsse orixá, senhor das doenças e da morte; está ligado ao elemento terra, sendo detentor de seus segredos. Tem, também, ligação com as árvores e com os espíritos que as habitam.
Todos o temem, por enviar as doenças, muitas vezes, como castigo ou como desígnios divinos para uma renovação da vida. Da mesma forma que ele traz as enfermidades (como lepra, peste, eczemas, varíola, malária, etc; que provocam alteração na temperatura corporal), traz também a cura para elas.
Obaluayê usa seu xaxará para limpar a Terra de todas as doenças e pragas. Seu principal símbolo é o xaxará. Ele também usa um longo cajado, onde se prendem as três cabaças que contêm os segredos da criação.

Obaluayê tem um grande poder sobre os eguns (espíritos desencarnados) e ancestrais, controlando-os com seu xaxará. Ele é um ser tão misterioso quanto a própria morte, com a qual tem uma íntima ligação. Conhece todos os seus segredos, sendo muitas vezes confundido com Ikú, o senhor da morte.

Omulú é quem faz a limpeza do corpo logo após a morte, permitindo, assim, que as pessoas falecidas se desprendam desse plano de existência. Por esse motivo, é denominado "o senhor das coisas pútridas."

O b a l u a y ê
Na África, ele é venerado e temido por seus desígnios, sendo considerado uma figura repressora e perigosa, que pode trazer facilmente a morte, mas, por outro lado, é o grande redentor de todas as mazelas que atingem os seres humanos. Ele é cultuado e adorado com todo o respeito, evitando-se, inclusive, pronunciar seu nome sem um motivo real.
As vestes desse vodun são muito especiais e de extrema importância para o seu culto. Suas sacerdotisas ou noviços vestem-se com palhas da costa, não deixando transparecer nenhum detalhe de seu corpo. São figuras misteriosas e austeras, que escondem os segredos da reciclagem da vida.
Os desígnios de Obaluayê nos fazem refletir sobre o valor da vida humana e o quanto ela é frágil. Infelizmente, o ser humano só dá valor ao que tem quando está perdendo, como a saúde, por exemplo.

Orixá da terra, senhor das doenças, da morte, das coisas pútridas
 
O m o l ú

Os filhos de Obaluayê, são pessoas que ocultam sua individualidade sob uma máscara de austeridade. Têm muita dificuldade em se relacionar, pois são muito fechados e de pouca conversa.
 
Geralmente apaixonam-se por pessoas totalmente diferentes de si próprias, isto é, por figuras extrovertidas e sensuais. Gostam de ver o ser amado brilhar, embora o invejem.
A solidão é muito peculiar a essas pessoas, devido à sua própria personalidade.

Não se sentem satisfeitos quando a vida corre normalmente, precisam mostrar seu sofrimento, exagerando, muitas vezes, nesse tipo de comportamento.
Os filhos de Obaluayê são irônicos, secos e diretos. Não são pessoas de levar desaforos para casa e nem de falar pelas costas. Odeiam fofocas e vulgaridades do gênero. São pessoas firmes e decididas, que lutam para conseguir seus objetivos. Geralmente, não sentem medo da morte, pois, no fundo de seu ser, compreendem que ela é apenas uma renovação. 

Obaluayê_
Os descendentes desse orixá são muito independentes e têm a necessidade de crescer com suas próprias forças e recursos. Apresentam pouco brilho em seu rosto e um semblante sério, com raros momentos de descontração. Parece que eles carregam, sobre os ombros, todo o sofrimento do mundo. Adoram fazer caridade e aliviar o sofrimento das pessoas. Os filhos de Obaluayê têm muita afinidade com profissões ligadas à área médica.Muitas dessas pessoas, devido à influência do seu orixá, que comanda os eguns, podem ter experiências sobrenaturais, como visões, sonhos, etc.

Uma característica negativa, que pode aparecer nos filhos de Obaluayê, é o masoquismo.

Texto: web page FIETRECA


Caurís


Obaluaiyê quer dizer "rei e dono da terra", sua veste é palha e esconde o segredo da vida e da morte. Está relacionado à terra quente e seca, como o calor do fogo e do sol - calor que lembra a febre das doenças infecto-contagiosas.
Domina completamente as doenças que rege. Ao mesmo tempo em que as causa, tem poder de cura sobre elas. Nunca estão totalmente satisfeitos, sempre querem mais... Mesmo quando acham que tudo está contra eles, persistem em seus propósitos. Para os filhos de obaluaiyê importam os fins, não os meios.

Texto: web page Portal Orixás



Xapanã
Sua dança o opanijé (cuja tradução é: ele mata qualquer um e come) dança curvado para frente, como que atormentado por dores, coceiras e tremores de febre.

O xaxará (espécie de cetro de mão, feito de nervuras da palha do dendezeiro, enfeitado com búzios e contas), em que ele capta das casas e das pessoas as energias negativas, bem como "varre" as doenças, impurezas e males sobrenaturais.
Suas contas como Omolú, são vermelho, preto e branco; como Obaluayê, o preto e branco; como Xapanã, o preto e vermelho. Também usa o lagidibá (seu colar ritual feito de pequenos discos preto de chifre de búfalo cortado em rodelinhas), é usado para proteger de doenças e tem uma conotação de grau hierárquico. Faz muito uso dos cauris (búzios) em seu brajá (colar de búzios) e nos paramentos.
Suas quizilas (proibições) mudam de casa para casa, e de nação para nação...

Texto: Fernando Oli. Perna


 





C a u r í s